Moedas e cédulas substituídos por cheques, que perdem o posto para os cartões magnéticos e as transferências eletrônicas – o pagamento se aproxima dos dias em que será instantâneo.

É considerado pagamento instantâneo “transferências monetárias eletrônicas nas quais a transmissão da mensagem de pagamento e a disponibilidade de fundos para o beneficiário final ocorre em tempo real e cujo serviço está disponível para os usuários finais durante 24 horas por dia, sete dias por semana e em todos os dias no ano.

Isso já é uma realidade em países como Estados Unidos, Índia, Japão e alguns países da União Europeia e engatinhava aqui no Brasil até alguns anos – quando, em 2018, o Banco Central criou um grupo para implementar a mudança e, no ano passado, anunciou que isso deve acontecer por aqui até o final de 2020.

Desacelerado por transações demoradas e burocráticas, com um custo de manutenção alto, o mercado financeiro, e por consequência tudo o que depende dele, pode se transformar com a chegada dos pagamentos instantâneos, acelerando os negócios de maneira exponencial.

Mas o que isso significa efetivamente como agente de transformação?

  • diminuição dos custos envolvidos na produção, manutenção e manipulação do dinheiro vivo, tanto para o governo quanto para as pessoas que teriam uma necessidade cada vez menor de ir ao banco ou aos caixas eletrônicos para sacar moeda em espécie, encontrar pessoalmente o comprador/vendedor de produtos e serviços. Tudo isso envolve um investimento de tempo e dinheiro para acontecer que seria economizado com a mudança.
  • fim da cobrança de tarifas bancárias elevadas que dependem de confirmações de disponibilidade dos serviços na conta do usuário e pode ser inviabilizada pela dificuldade de endereçar contas envolvidas na transação. Motivo de cancelamentos e do acesso restrito a poucos consumidores. A eliminação destas tarifas abusivas criaria um maior movimento de adoção dos pagamentos eletrônicos.
  • Também por motivo de confirmação de dados, as operações realizadas com cartões de débito e crédito ficariam muito mais baratas, baixando o custo embutido nos produtos e serviços, afetando diretamente a precificação dos mesmos ao consumidor final.

Um círculo virtuoso pelo qual aguarda-se ansiosamente.